Como analisar um jogo de baseball (ou beisebol) sem conhecer nada da modalidade? Lembro-me de ter assistido a uma partida quando vivia na Base das Lajes e de ser o minijogo que menos gostei em Yakuza, mas tirando isso: nada de nada.
Mas cá estamos com MLB The Show 20 na mesa, a parecermos burros a olhar para um palácio. Jogámos apenas o suficiente para vos dizer se devem ou não investir neste jogo. No entanto, estamos em Portugal, um país que respira futebol, portanto vai ser complicado!

Resposta curta: devem comprar o jogo. Resposta longa: devem comprar o jogo SE gostarem do desporto ou se apanharem algumas das versões anteriores nos cestos de promoção porque isto está sempre a sair todos os anos, mas a edição de 2021 vai abandonar a exclusividade da Sony para sair também nas rivais; sim, está previsto sair na Switch e espero mesmo que invistam em controlos de movimento para imergir ainda mais o jogador nas partidas. Agora, se tivesse um modo de jogo em que pudesse sentar-me no lado do público e pedir uma cerveja com um cachorro-quente à americana, ui: nota máxima.
Mas vamos ser honestos, esta análise não será uma análise normal porque não nos divertimos com o jogo e passámos mais tempo a coçar a cabeça do que a atirar bolas curvas, mas isso não o torna num mau jogo, pelo contrário é um jogo repleto de conteúdo e complexo que só um entusiasta conseguirá dar valor. Sim, o jogo começa por se apresentar como acessível, deixando-nos escolher entre vários tipos de controlo para atirar ou bater, mas depois disso somos atirados para a parte funda da piscina.

Este MLB é um jogo exigente que vai consumir bastante tempo até domarem as mecânicas; não pensem que basta bater e atirar a bola para longe, aqui terão de posicionar e ajeitar o taco de forma realista para bater e arcar com as consequências. É bastante satisfatório, sim, e realista, também, mas isso vai pela janela quando a IA dá de si e não sabe o que fazer para apanhar bolas, congelando ou atirando-se ao chão para nada. Mas é das poucas coisas porque se olharmos em volta, e graças aos gráficos desta geração, os estádios ganham vida e explodem em animação graças a um público bem detalhado e com os comentários e restantes efeitos sonoros é como se estivéssemos mesmo ali à espera daquele home run para salvar a partida.
E se quiserem mais do que uma simples partida de basebol, MLB trata-vos bem com vários modos de gestão.
No final, e sem modo de comparação, não vos podemos enumerar as melhorias deste jogo face os anteriores, mas sendo uma entrada anual e vendo outros jogos de desporto com os mesmos lançamentos, é bem possível que seja mais do mesmo – mas para quem gosta, restos aquecidos podem saber melhor do que o prato comido na hora.
